Criança de 1 ano sofre 4 paradas cardíacas e entra em coma após anestesia no Hospital Teresa de Lisieux em Salvador; família acusa hospital de negligência

 Criança de 1 ano sofre 4 paradas cardíacas e entra em coma após anestesia no Hospital Teresa de Lisieux em Salvador; família acusa hospital de negligência

Hospital é destinado a usuários do plano de saúde Hapvida

Um menino de um ano e cinco meses sofreu quatro paradas cardíacas e entrou em coma após tomar uma anestesia em um hospital particular de Salvador. A família da criança relata que houve demora no atendimento, após ele dar entrada na unidade médica depois de sofrer um corte da mão em casa, e acusa o hospital de negligência.

O menino Kayllan Dias deu entrada no Hospital Teresa de Lisieux, localizado na Avenida ACM, pouco depois das 20h da última sexta-feira (23). Conforme a família, ele se cortou, perto do punho, ao brincar com um vidro de perfume. “Ele chegou [no hospital] brincando. Tem filmagens aí dele ‘batendo parabéns’, me chamando de mãe e soltando beijos”, relata a mãe da criança, Flávia Lopes.

Segundo os pais do menino, logo depois de dar entrada na emergência pediátrica, Kayllan teve a mão e o punho enfaixados e a família ficou aguardando uma avaliação do cirurgião. Depois de cerca de 1h de espera, percebendo que o filho estava com dor, os pais disseram que cobraram agilidade no atendimento.

Mãe disse que houve demora no atendimento do filho em hospital de Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)

“Eu chamei a supervisora e ela foi atrás dele [do médico]. Ele passou por a gente e disse que estava em outro atendimento. Eu chamei ela porque meu filho estava chorando e não tinham dado nenhum remédio”, disse a mãe.

Somente depois de 2h de espera, segundo a família, foi que o menino foi levado para fazer a sutura do corte na emergência de adultos. Durante o procedimento, após a aplicação da anestesia, ele começou a passar mal e teve as quatro paradas cardíacas.

“O quadro dele é grave, gravíssimo. Ele ainda continua em coma e, segundo as informações, não tem explicação porque ele ainda está em coma, se a medicação foi suspensa. O organismo dele não está respondendo aos sinais”, disse a tia da criança, Maraiane Batista, que também está na unidade de saúde acompanhando a criança.

O advogado da família do menino, Ari Moreira, disse que os pais tiveram dificuldades para ter informações sobre o estado de saúde do filho. “Além dos pais não terem autorizado, não lhes foi perguntando, em momento algum, se a criança tinha alergia ou algum aspecto que pudesse ser contrário à aplicação da anestesia”, disse Moreira.

Em nota, o Hospital Teresa de Lisieux informou que abriu uma sindicância para apurar as denúncias da família do garoto. Disse, ainda, que o pequeno Kayllan segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica recebendo cuidados para melhora do quadro clínico.

G1 Bahia

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