Documentos apontam repasse de R$ 110 milhões a políticos via ʹcaixa 3ʹ da Odebrecht

 Documentos apontam repasse de R$ 110 milhões a políticos via ʹcaixa 3ʹ da Odebrecht

Documentos entregues à Polícia Federal pelos empresários Roberto Lopes e Walter Faria indicam o repasse de cerca de R$ 110 milhões a políticos via “caixa 3” da construtora Odebrecht. A informação foi divulgada pelo portal G1 hoje, com base em documentos entregues à força-tarefa da Operação Lava Jato em setembro. Roberto Lopes é dono das empresas Praiamar e da Leyroz de Caixas, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis.

Segundo o entendimento da PF, enquanto o “caixa 2” consiste em o candidato receber uma doação e não declará-la à Justiça Eleitoral, o “caixa 3”, pelo entedimento da PF, consistiu em candidatos pedirem doações de campanha à Odebrecht. Com isso, executivos da empresa apontavam outro grupo empresarial para fazer a doação. De acordo com os documentos entregues pelos empresários, foram realizadas, somente nas campanhas de 2010 e de 2012, 255 doações que, somadas, representam mais de R$ 68 milhões.

A maioria das contribuições foi destinada a diretórios de partidos e a comitês de campanha e algumas foram encaminhadas diretamente aos candidatos. Em depoimento, Walter Faria declarou que o esquema de repasse das doações da Petrópolis era combinado com a Odebrecht. Ainda segundo o empresário, por exemplo, cerca de R$ 40 milhões doados pela empresa dele em 2014 foram a pedido de Benedicto Junior, executivo da construtora.

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