Adolescente que deixou jogo Baleia Azul disse que deu doze cortes no braço 

 Adolescente que deixou jogo Baleia Azul disse que deu doze cortes no braço 

Duas adolescentes em Feira de Santana, uma de 13 e outra de 16 anos, relataram a experiência que tiveram após saírem do jogo virtual Baleia Azul, que consiste em realizar 50 desafios, sendo o último o suicídio.
Em entrevista ao site Acorda Cidade, as jovens, que residem na zona rural do município, contaram detalhes assustadores.
A jovem de 16 anos tem em seu corpo 12 marcas de cortes que fazia com uma navalha. Ela chegou até a terceira fase e pensou em parar, mas disse que ouvia vozes, e que só deixou o jogo quando conversou com a família e deixou a tia da amiga levar seu celular para tirá-la do jogo. “Eu ouvia uma voz falando se mata, se mata, se mata. Eu ia para o curso e ficava falando com a minha colega que eu ia me jogar na frente de um caminhão. Vou me jogar. Aí ela disse para mim que se eu me jogasse, ela iria também e eu disse que iria fazer sozinha”, relata.
“Comecei a me cortar, tudo o que acontecia comigo, raiva, o que fosse, eu saía me cortando. A lâmina estava lá para me ajudar. Eu não tinha amigo nenhum, só a lâmina iria me ajudar. Eu aconselho que quem não entrou, não jogue”, avisa.


“Dei 12 cortes no braço esquerdo, não sentia dor. Só me aquietava quando eu via o sangue escorrer. O jogo pede para dar cortes, mas pede para você aprofundar os cortes”, disse a garota de 16 anos ao site local.
No mesmo distrito feirense, a outra participante contou que não teve coragem de se cortar, como mandam as regras do jogo. Durante os procedimentos, a menina chegou a passar mal e foi levada pela tia e pela mãe para a policlínica de São José, no distrito de Maria Quitéria. O médico orientou a mãe a levá-la ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para receber acompanhamento psicológico.
É muito viciante. Quando a pessoa quer parar, não consegue. Parece uma coisa que está te possuindo, entendeu? Eu comecei a jogar há pouco meses. Quando eu tinha alguma decepção na escola, em casa , a primeira coisa que passava pela cabeça era me cortar. Eu estava na terceira fase. A primeira era se cortar com a navalha, desenhar F57, que eu não sei o que é porque eu não fiz. A segunda é ver e ouvir músicas psicodélicas. (…) Meus colegas também faziam isso”, disse a garota. 

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